[Análise do Jeff] Minhas 5 animações favoritas na Netflix

E aí, tudo joia?

A ideia é compartilhar minhas cinco animações favoritas que por coincidência, podem ser encontradas na Netflix. Vale qualquer formato: Anime, cartoon, série, filme, enfim. O diferencial aqui é que não vai rolar aquele lance de crítica cinematográfica: As animações abaixo constam como favoritas por algum motivo bem especial. (E eu vou tentar não fazer um ranking). Bora lá?


5 - Castlevania

Pois é, virou ranking, então já que é assim, vou iniciar com Castlevania. A série é baseada nos jogos da Konami, e tem uma galera que começou a assistir por causa disso. Nessa animação, ambientada em um cenário medieval onde existem seres humanos e monstros e demônios, nós temos Trevor Belmont, cuja família era conhecida como a melhor na caça aos vampiros e criaturas da noite; Sypha Belnades, uma maga com poderosas magias elementais, e Alucard, o filho meio vampiro/meio humano do Conde Drácula.

Isso mesmo. O Conde Drácula.

 Juntos, esses três aprontam altas confusões e…
Na verdade eles precisam salvar a terra de Valáquia do exército de Drácula, que está pistolaço porque a Igreja acusou injustamente sua esposa, a obstinada médica Lisa, de bruxaria.

A série é muito boa. As cenas de ação são bem feitas, o roteiro é bom, e se você resolver assistir legendado, vai poder desfrutar do trabalho excelente de voz de todos os atores, em especial o Adetokumboh M’Cormack, dublador do “mestre de forja”/summoner Isaac, e de James Callis (eterno Gaius Baltar de Battlestar Galactica) que dá voz ao Alucard.

Eu joguei pouca coisa dessa franquia, só o Aria of Sorrow (para Gameboy Advance) e o clássico Symphony of the Night (originalmente lançado para o Playstation 1). Comecei a assistir por procurar outros trabalhos de atores participantes da minha série de sci-fi favorita por definição, Battlestar Galactica (remake de 2004, inclusive recomendo), e conforme citei acima, James Callis interpreta um dos protagonistas na série da Netflix.

O que deixa uma mancha muito ruim nessa produção (ao menos pra mim), são as acusações seríssimas e toda a polêmica envolvendo Warren Ellis, o principal roteirista/criador do rolê.


Pq shoras, Alucard?


4 – Naruto

 


Narutinho, para os íntimos, é um anime que já entrou para a prateleira dos grandes clássicos “desenhos de lutinhas” japoneses: Yu Yu Hakusho, Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball (que particularmente eu não gosto, mas segue o baile), só pra citar alguns. A história (baseada no mangá de mesmo nome) é ambientada em um mundo onde os ninjas fazem as leis, e o protagonista é um garoto órfão e rejeitado por todos, que tem o sonho de se tornar hokage, o governante e ninja mais poderoso e respeitado da aldeia em que vive.
Existe um porém: Dentro dele está selada a Raposa de Nove Caudas, um demônio poderosíssimo responsável pela destruição de sua vila, muitos anos atrás.
A primeira vez que assisti esse anime foi na TV aberta, no SBT. Era um episódio em que, como em quase todos os “desenhos de lutinha” japoneses, o protagonista estava levando uma surra homérica e aí plau, ele descobre um incrível novo poder (que agora vocês sabem de onde vem) para salvar seus amigos (o companheiro da equipe dele estava apanhando também).
Passei a acompanhar as aventuras do ninja laranja de Konoha (o lugar em que ele vive), mas o que realmente me fez virar fã do anime foi a hoje já lendária luta do Exame Chunin entre Rock Lee (um guri sem poder nenhum além de uma habilidade insana em artes marciais) Vs. Gaara (um moleque inicialmente diabólico e com um dos poderes mais apelões do anime). Sem brincadeira, é uma das tretas mais legais do desenho todo (ainda mais por todo o contexto entre os dois ninjas). Nas interwebs existe a também clássica montagem dessa luta ao som de Linkin Park, o que deixa tudo ainda mais hardcore.
Quer descobrir um fã de Naruto por aí? É fácil: Basta gritar “Sasukeeeeeeeee!” no meio de uma galera. Se alguém responder com “Narutooooo!”, eis aí. Só assistindo mesmo pra entender qual é a desse “diálogo” :P

Sim, eu tenho uma miniatura da Kurama, o tinhoso que habita dentro do Naruto.



3 – Akira


Talvez a obra mais conhecida de Katsuhiro Otomo, Akira é um clássico do cinema de animação. É baseado no mangá homônimo (e do mesmo Katsuhiro), que em resumo, conta a história de um futuro distópico no Japão, 30 anos após a III Guerra Mundial (isso mesmo), na cidade de Neo-Tokyo, que é habitada e dominada pelos mais diversos tipos de gangues, criminosos, e por membros do Exército que adoram fazer experiências científicas bizarras com crianças.
O protagonista do filme, Kaneda, é o líder de uma gangue de motoqueiros e tem aquela rivalidade marota com outro cara do grupo, seu amigo/rival Tetsuo. E é justamente com esse maluco que a treta toda começa, quando depois de uma baguncinha envolvendo grupos rivais, corrida de motocicletas e uma criança estranha com cara de idoso, ele é capturado pelo Exército. Tetsuo então é submetido às experiências científicas bizarras e xablau!, descobre que tem poderes psíquicos! Os mesmos poderes que, utilizados por outra pessoa (Akira, cof, cof) trinta anos antes, destruíram a cidade de Tóquio.
A animação foi lançada em 1988, e já naquela época era considerada acima da média, e ainda hoje é assim. Reparem na qualidade da animação, em como tudo roda perfeitinho enquanto o filme se desenrola. Akira ditou tendência e graças a uma cena específica, é homenageado em outros diversos materiais. A cena clássica é essa aqui:

 


Quase certeza de que vocês já viram uma pose parecida com essa em algum outro filme. Qualquer que tenha sido, é uma referência à Akira ;)

 

Não só peguei a nova edição do mangá, lançada pela JBC, como tenho a versão antiga, da Editora Globo, e também o DVD...Pouco depois, o filme estreou no catálogo da Netflix :P




2 – Irmão do Jorel


Se você gosta de animação, gosta de um humor sagaz, maroto, peculiar, mas sem palavrões, referências à cultura pop e à sociedade BR dos anos 90 e velhinhas simpáticas que amam abacate, mas ainda não assistiu Irmão do Jorel...Sério, você tá vivendo errado.
Tudo foi feito inteiramente no Brasil: Seus criadores, animadores, dubladores, todos BR. O lance se passa em um típico bairro brasileiro em meados dos anos noventa, e conta o dia a dia do Irmão do Jorel (e seus amigos), o mais novo de três irmãos que vive à sombra do seu irmão do meio, o tal do Jorel, que é a criança prodígio do bairro. É até difícil falar de tanta coisa boa que tem nesse desenho, então vou colocar uma listinha:

  •       Inúmeras referências à cultura pop dos anos 90 e suas influências no Brasil: De Cavaleiros do Zodíaco até filmes de ação enlatados com os marombados que tanto conhecemos por aqui;

Segura essa referência...


  • Batalha de rap entre Classius Clayton (um rapper dublado pelo Emicida) e a Vovó Juju (de longe minha personagem favorita);

  • Abacates;

  • Três patos intergalácticos que protegem as crianças, liderados pelo Gesonel, o mestre dos disfarces;

  • Programas de auditório com seus quadros absurdos e apelativos;

  • Críticas sociais através de um humor quase ingênuo (cof cof, Rambozo, cof cof Shostners&Shostners);

  • Personagens-sátiras, como Steve Magal, Rambozo, Roberto Perdigoto;

  • Lara;

  • A perigosa Lambada Brutal (você vai reconhecer na hora).

E sim, o nome do Irmão do Jorel é um dos maiores mistérios do programa. Toda vez que o guri vai dizer seu nome real, ele é interrompido por algo ou alguém.

Foi muito, mas muito difícil decidir os dois primeiros lugares desse ranking. Irmão do Jorel ficou em segundo, mas praticamente com um pé no primeiro lugar <3.



1 – Neon Genesis Evangelion



A briga pelo primeiro lugar foi acirrada, foi rude, mas cá estamos com minha animação favorita: Neon Genesis Evangelion é, pra mim, a melhor animação/o melhor anime de todos os tempos. Claro que eu gosto e me divirto com outros desenhos, mas NGE é imbatível. Primeiro porque tem robôs gigantes (cof, cof). Segundo porque a treta não é focada somente nos robôs. E terceiro (lá vai bomba), porque por muito tempo eu me identifiquei com o protagonista indeciso/covarde, Ikari Shinji.
Vamos aos fatos: NGE é sobre um mundo todo ferrado. Aconteceu um evento chamado Segundo Impacto, causado por seres conhecidos como Anjos, e que exterminou grande parte da população mundial. Para sobreviver a um possível Terceiro Impacto, a ONU criou a NERV, uma organização militar que financiou e desenvolveu, entre outras coisas, os EVAs, ou Evangelions. Cada EVA é pilotado por uma criança (um pré-adolescente, vai), e sua função primária é combater os tais dos Anjos.
Pelo menos, é isso que o anime te faz pensar por um tempo.
Shinji tem um pai, Gendo, que é um tremendo sacana, é a pedido dele que o garoto chega à Neo-Tokio 3 (o pessoal gosta de explodir a capital do Japão né?) bem no meio do ataque de um dos Anjos. Gendo, que é o comandante da NERV, faz o que todo pai faria nessa situação: Manda o garoto entrar na droga do robô (sem saber pilotar, detalhe) pra ir tretar com a criatura.


AAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

Apesar da força dos personagens masculinos, são as mulheres que fazem a trama girar: Temos a Dra. Ritsuko, genial responsável técnica dos EVAs e do supercomputador MAGI; A Capitã Misato, chefe de operações de campo: Na hora do quebra, é ela quem define as estratégias de batalha e guia os pilotos em combate (é também a tutora do Shinji assim que ele chega na cidade); Ayanami Rei e Asuka Langley Soryu, pilotos dos EVAs Unidades 00 e 02, respectivamente, e colegas de trabalho do protagonista; Isso sem falar nas outras mulheres que surgem ao longo da série, sendo duas delas cruciais para o desenrolar da história (e que não vou falar por motivos de spoiler). Sem essas personagens, NGE não seria metade do que é (só assistindo pra saber).


De vermelho em primeiro plano: Misato; De branco e cabelo azul: Ayanami Rei; De vermelho em segundo plano: Asuka; E ao fundo, a Dra. Ritsuko.


Assisti NGE pela primeira vez lá em 2011/2012, bem antes de estrear na Netflix. Estava em depressão por N motivos, me sentindo a pior pessoa do multiverso, e a conexão com Shinji foi de primeira. O protagonista do anime vive em constante angústia, depressão e ansiedade, e todos esses fatores são explorados na trama, impedindo que o garoto seja mais “heróico” ou tenha atitudes mais corajosas. Vamos lembrar que não estamos em um típico desenho de lutinha japonês: Shinji não é o único com sérios problemas, todos os personagens possuem questões a serem resolvidas e como acontece com a gente na vida real, elas afetam o desempenho deles no trabalho, na escola e nas relações sociais. De lá pra cá, muita coisa na minha vida mudou e já não me enxergo mais no Shinji, mas reconheço que a identificação com ele no passado me ajudou a ver e superar algumas coisas.
E assim que o desenho estreou no catálogo da Netflix, maratonei outra vez :P
Importante ressaltar que NGE possui um filme que “termina” a história do anime: É o The End of Evangelion, também disponível na mesma plataforma. Existe também um reboot (cof, cof) da franquia, os “Rebuild of Evangelion”, mas eles não constam na Netflix.
Obs: Apesar de todos os diversos pontos positivos, a animação sofre com um dos estereótipos dos animes japoneses: Uma fetichização das mulheres, especialmente Ayanami e Asuka. Sério, reparem na forma como elas são desenhadas e me digam se não existe um exagero no mínimo estranho.


E sim, eu tenho duas figures da minha personagem favorita de NGE. A Ayanami da esquerda, vestida com o plug suit, o traje de batalha, fica em uma das minhas prateleiras. A da direita, com o típico traje escolar dos animes japoneses, fica guardada.

Escolher minhas animações favoritas foi desafiador, e gosto também de muitas outras. Vale então uma menção honrosa pra elas: A Lenda de Korra (faltou isso aqui só pra ela entrar no post), Death Note, Ghost in the Shell, Gurren Lagann, Rick and Morty, BoJack Horseman, Black Lagoon, A Origem dos Guardiões e por fim, Aggretsuko. Todas elas também na Netflix.

 

É isso. See you, space cowboy & cowgirl!



10 comments

  1. Acho que vou começar a assistir Irmão do Jorel.

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    1. Excelente escolha! Além de te fazer rir (muito), ainda vai te dar um quentinho no coração <3

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  2. Eu só trocaria Naruto por Avatar (Aang e Korra) e ainda botaria mais em cima. A lista tá muito boa hihihi

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    1. um ninja tentou passar despercebido, mas sei quem comentou kkkk

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    2. Olha, eu gosto de Avatar (mais da Korra que do Aang, mas respeito o último mestre do ar), não inseri na lista porque, por algum motivo, A Lenda de Korra também tá no catálogo do Amazon Prime Video (vai entender), nesse post eu quis focar na Netflix. Mas é isso aí, obrigado pela leitura, desculpe a demora na resposta! ;)

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    3. Btw, quem é o tal do ninja? Total boiei aqui :p

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  3. A Netflix adicionou, há algum tempo, as animações do Estúdio Ghibli, são ótimos filmes para todas as idades! https://www.netflix.com/browse/genre/81227213

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    1. se o Éber recomenda, então vale a pena conferir ;)

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    2. Éber, obrigado pela leitura e por comentar! Desculpe a demora. Então, Estúdio Ghibli merece um post só dele, aí resolvi nem inserir nessa lista. E sim, são filmes sensacionais e recomendadíssimos!

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