[Análise do Jeff] Top 10 coisas assistidas em 2022

E aí, tudo joia?


2023 chegou, e com ele, o post das dez coisas mais legais assistidas em 2022! Nem todas as produções foram lançadas ano passado, e elas estão classificadas por ordem de visualização. Bora lá?


Contra o Tempo

 



Título original: Source Code.

Direção: Duncan Jones.

Roteiro: Ben Ripley.

Gênero: Ação, drama, mistério, sci-fi.

Elenco: Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan,Vera Farmiga, Jeffrey Wright.

Duração: 1h33min.

Ano de lançamento: 2011.

Estúdio de dublagem: Clone.

Disponível em: HBO Max.

O que é e o que eu achei: Pensa que você tem que viver os últimos 8 minutos de vida de uma pessoa aleatória para poder solucionar o caso de um atentado terrorista, ao mesmo tempo em que não sabe exatamente o que aconteceu com você e nem como foi parar nessa situação. Basicamente é essa a missão do capitão Colter Stevens (Jake Gyllenhaal), nesse que é um dos filmes mais intrigantes da lista. O roteiro é simples, mas não simplório, ou seja, apesar de ser uma ficção científica, ele não pretende te empurrar um zilhão de conceitos estranhos pra parecer inteligente: A trama vai se desenrolando sob medida, com as coisas acontecendo no tempo certo, de maneira sóbria, de modo que a grande surpresa no final se faz crível (por mais que seja absurda se olharmos sob a ótica do mundo real).



Star Wars: A Guerra dos Clones (última temporada)




Título original: Star Wars: The Clone Wars.

Direção: Vários (um diretor por episódio, geralmente).

Roteiro: Vários (roteiristas diferentes por episódio).

Gênero: Sci-fi, fantasia, aventura, ação.

Elenco: Tom Kane, Dee Bradley Baker, Matt Lanter, James Arnold Taylor, Ashley Eckstein.

Duração: Aprox. 23 minutos por ep.

Ano de lançamento: 2020.

Estúdio de dublagem: TV Group Digital.

Disponível em: Disney +

O que é e o que eu achei: Os eventos dessa temporada são paralelos aos acontecimentos de A Vingança dos Sith. Temos a introdução dos clones Mal-Feitos (Bad Batches), que ganharam um spinoff depois, acompanhamos os dias pós saída da Ordem Jedi da antiga padawan Ahsoka Tano, e como arco final, o sensacional Cerco à Mandalore: É a partir dele que vemos o reencontro de Ahsoka com seu ex-mestre Anakin Skywalker e também Obi-Wan Kenobi, e todo o caos em que Palpatine mergulha a galáxia com a execução da Ordem 66. A dor, revolta, o sentimento de traição e a tristeza com o golpe de Estado de Darth Sidious é bem traduzida através dos olhos de Ahsoka, que além de precisar lutar contra seus antigos companheiros clones, precisa lidar com Darth Maul (que ela mesma destronou e capturou em Mandalore) e também se virar para escapar com vida junto ao Comandante Rex, além da angústia de não saber o que aconteceu com seu mentor.

Os capítulos finais dessa série são um complemento maravilhoso ao Episódio III: É possível notar Anakin cada vez mais obscuro (isso desde a season 5 ou 6, inclusive), e quando tanto ele quanto Obi-Wan são chamados para resgatar Palpatine da nave do General Grievous (lá no filme), já sabemos que é daí pra pior. Sem sombra de dúvidas, Star Wars: A Guerra dos Clones se tornou parte fundamental do cânone da franquia, e é quase impossível assistir aos Episódios II e principalmente III sem ter noção do que aconteceu na série criada por Dave Filoni.


Spiderhead




Título original: Spiderhead.

Direção: Joseph Kosinski.

Roteiro: George Saunders, Rhett Reese, Paul Wernick.

Gênero: Ação, drama, ficção científica, policial.

Elenco: Chris Hemsworth, Miles Teller, Jurnee Smollett.

Duração: 1h46min.

Ano de lançamento: 2022.

Estúdio de dublagem: MGE Studios.

Disponível em: Netflix.

O que é e o que eu achei: Você está preso numa bela penitenciária onde pode andar livremente, fazer amizades, frequentar academia, ler, namorar, e ainda por cima, usar diversas drogas divertidas (não façam isso em casa) bem de boa e que são administradas pelo cientista mais carismático do mundo (Chris Hemsworth) e que tá sempre preocupado com você, seu bem estar e interessado na sua vida. Legal, né?

Só que não, porque nada vem de graça nessa vida, mermão! Na prisão de Spiderhead, nada é o que parece, e Jeff (Milles Teller) descobre isso da pior forma, quando começa a ser submetido a drogas cada vez mais fortes e a testes científicos desumanos.

Pra falar a verdade, o filme é o sci-fi mais "fraquinho" da lista. Apesar de ter uma premissa interessante (é baseado no livro Escape from Spiderhead, de George Saunders, que também trabalha como roteirista da película), ele peca em tentar fazer muita coisa ao mesmo tempo: Tenta ser uma crítica à indústria farmacêutica, ao sistema prisional, ao consumo de drogas, e não desenvolve melhor nenhuma das questões. E também não sabe se é um filme de comédia ou se tem elementos cômicos, e nesse vai e vem, o trem não vai pra frente. Mas é uma boa pedida numa tarde chuvosa e passa longe de ser um filme ruim.



A lenda de Vox Machina





Título original: The Legend of Vox Machina.

Direção: Vários (diretores diferentes por episódio).

Roteiro: Vários (roteiristas diferentes por episódio).

Gênero: Fantasia, ação, comédia, aventura.

Elenco: Laura Bailey, Taliesin Jaffe, Ashey Johnson.

Duração: Aprox. 30min. por ep.

Ano de lançamento: 2022.

Estúdio de dublagem: Dubbing Company.

Disponível em: Amazon Prime.

O que é e o que eu achei: Comecei a ver totalmente sem expectativas, e fui surpreendido positivamente! A série de fantasia (criada pelo grupo Critical Role) inspirada em mecânicas de RPG conta sobre um grupo de aventureiros disfuncionais que de tão bêbados e arruaceiros, nunca conseguem um emprego...Até que são recrutados para uma tarefa que equipes melhores não conseguiram realizar. No meio de muita pancadaria, dragões, trairagem entre clãs, possessões demoníacas e flertes, os membros do Vox Machina precisam se redescobrir como heróis e como família. Vale muito a pena assistir (principalmente pelo trabalho de dublagem maravilhoso da Dubbing Company)!



Cyberpunk: Mercenários





Título original: Cyberpunk: Edgerunners

Direção: Hirouyuki Imaishi, Yoshiyuki Kaneko e Hiromi Wakabayashi.

Roteiro: Vários (roteiristas diferentes por episódio).

Gênero: Ação, aventura, sci-fi.

Elenco: Zach Aguilar, Emi Lo, Giancarlo Esposito, Alex Cazares, Stephanie Wong,  William Christopher Stephens.

Duração: Aprox. 24min. por ep. 

Ano de lançamento: 2022.

Estúdio de dublagem: MGE Studios.

Disponível em: Netflix.

O que é e o que eu achei: Sendo um completo apaixonado por Cyberpunk 2077 (a série é baseada nesse jogo da CD Projekt Red, que por sua vez, inspirou-se no RPG de mesa criado por Mike Pondsmith), posso dizer que a animação eleva a ambientação desse universo a outro patamar. Ao mesmo tempo que é recheada de referências à "contraparte" dos consoles/PC, também conta uma história muito própria, recheada de ação desenfreada, violência extrema, muito sangue, camaradagem e por incrível que pareça, bastante coração também (no sentido simbólico da coisa). É inevitável: Assim que conhecemos David, Lucy, Maine e cia, passamos a automaticamente torcer por eles, por mais que, a cada episódio, a produção nos dê sinais de que a coisa não vai acabar bem. 

Pra manter a tradição, joguei em pt-br e assisti a série da Netflix dublada em nosso idioma. Só elogios ao trampo da MGE Studios. 


A casa do dragão




Título original: House of the Dragon.

Direção: Vários (diretores diferentes por episódio).

Roteiro: Vários (roteiristas diferentes por episódio).

Gênero: Drama, ação, aventura, fantasia.

Elenco: Emma D'arcy, Olivia Cooke, Paddy Considine, Matt Smith, Eve Best, Rhys Ifans, Steve Toussaint.

DuraçãoAprox. 1h. por ep. 

Ano de lançamento: 2022

Estúdio de dublagem: Tecniart.

Disponível em: HBO Max.

O que é e o que eu achei: Manja a treta toda de Game of Thrones? Dragões, mortos-vivos de gelo, briga de faca por tronos, trairagem, talaricagem e muita baixaria? Pois bem, A Casa do Dragão se passa 200 anos antes disso tudo. E se você achou GoT zica da balada porque aparecem três lagartixas voadoras, meu amigo, tu vai pirar nessa aqui: Tem calango voando pra mais de metro em quase todos os episódios, e a tendência na segunda temporada é desse número aumentar ainda mais! Como é uma produção focada na Casa Targaryen, governante dos Sete Reinos, répteis alados é o que não falta, para delírio dos fãs. A trama (pelo menos por enquanto) é bem sólida, baseada no livro Fogo & Sangue do George R.R. Martin, e conta a história da guerra civil pelo Trono de Ferro entre dois ramos dos Targaryen.
Certo foi o Drogon, que muito tempo depois (e sem lógica nenhuma), meteu fogo e derreteu o símbolo de poder e crueldade de Westeros.


Aniara




Título original: Aniara.

Direção: Pella Kagerman e Hugo Lilja.

RoteiroPella Kagerman e Hugo Lilja, com base no poema de Harry Martinson.

Gênero: Drama, sci-fi.

Elenco: Emelie Garbers, Bianca Cruzeiro, Arvin Kananian.

Duração: 1h46min.

Ano de lançamento: 2018.

Estúdio de dublagem: N/A.

Disponível em: Amazon Prime.

O que é e o que eu achei: Um dos sci-fi mais "realistas" na abordagem do comportamento humano em situações de extrema pressão que já assisti, acho que pau a pau com High Life (2019, de Claire Denis). Baseado em um poema de 1956 de Harry Martinson, Aniara conta a história da nave homônima, que leva os remanescentes da humanidade numa viagem da Terra para Marte. Só que no meio do caminho tinha uma pedra. Ou quase isso. O que importa é que por um capricho do destino, a nave sai de rota e geral precisa conviver com a ideia de que não há previsão de chegada, nem no Planeta Vermelho, nem lugar nenhum: O que antes era uma nave-mundo, tornou-se uma nave-tumba. E aí eu te pergunto: Como é que um ser humano vai assimiliar a ideia de que está perdido no espaço? Como os grupos de pessoas vão se organizar em uma nova sociedade? Será que as leis e crenças da Terra ainda são válidas?

Se você quiser a perspectiva dos diretores sobre essas questões, sugiro fortemente que invista seu tempo nessa produção.

Obs: Tem também uma versão de 1960 desse filme ^^


O Protótipo 




Título original: Archive.

Direção: Gavin Rothery.

RoteiroGavin Rothery.

Gênero: Drama, mistério, sci-fi.

Elenco: Theo James, Stacy Martin, Rhona Mitra.

Duração: 1h49min.

Ano de lançamento: 2020.

Estúdio de dublagem: Alcateia (Iyuno Media Group).

Disponível em: Star+

O que é e o que eu achei: De primeira, parece uma história simples sobre robôs: George (Theo James) é um cientista genial, porém recluso, que perdeu a esposa Jules Almore (Stacy Martin) num acidente de carro e que passa o resto de seus dias no Japão construindo robôs para uma empresa com chefia exigente. O negócio começa a ficar estranho quando percebemos que J1 e J2 - que é dublada pela Stacy Martin, inclusive - são dois autômatos criados por George com o padrão de ondas cerebrais da sua esposa, em duas fases diferentes da vida dela. E como ele conseguiu esses dados? Diretamente do cérebro de Jules, que é mantido vivo e consciente em uma enorme máquina sombria dentro da sala de estar!!!

Não fosse perturbador o suficiente, logo vemos que o cientista está finalizando a J3 (Adivinha? Stacy Martin xD), não mais um robô e sim uma androide com os padrões cerebrais de Jules na fase adulta. Além de toda a estranheza da situação, o filme nos faz refletir sobre coisas como o limite entre ciência e ética, a percepção sobre o que é existir e quais as diferenças no que podemos considerar como vida e morte.



Pantera Negra: Wakanda Para Sempre 




Título original: Black Panther: Wakanda Forever

Direção: Ryan Coogler.

Roteiro: Ryan Coogler e Joe Robert Cole.

Gênero: Ação, aventura, drama.

Elenco: Letitia Wright, Lupita Nyong'o, Danai Gurira, Winston Duke, Tenoch Huerta, Angela Basset.

Duração: 2h41min.

Ano de lançamento: 2022.

Estúdio de dublagem: Tv Group Digital.

Disponível em: Disney+ (futuramente).

O que é e o que eu achei: Antes de mais nada, esse filme é uma longa homenagem ao ator Chadwick Boseman, o rei T'Challa e Pantera Negra do primeiro filme, que faleceu em 2020. Desde a introdução até os créditos finais, tudo é pensado de forma a louvar a vida e o trabalho do cara, cuja morte pegou todo mundo de supresa. Dito isso, é a continuação do filme de 2018, onde o povo de Wakanda precisa seguir em frente sem seu líder e protetor, enquanto enfrenta a ameaça não só de nações estrangeiras interessadas no vibranium wakandano, mas também de um inimigo surpreendentemente ameaçador: Namor (Tenoch Huerta). Poderia dizer muito mais coisas sobre essa produção da Marvel/Disney (como a ótima atuação da Angela Basset como Rainha Ramonda) mas a cena que vai me fazer lembrar dela por mais tempo é a da Shuri (Letitia Wright) finalmente lidando com a dor do luto: Nada me tira da cabeça que ali era de fato a atriz chorando pela perda do amigo e colega de cena, tamanha a emoção transmitida.

Vale a pena demais ir assistir.


Trem-Bala 




Título original: Bullet Train.

Direção: David Leitch

Roteiro: Zak Olkewicz e Kotaro Isaka.

Gênero: Ação, comédia.

Elenco: Brad Pitt, Joey King, Aaron Taylor-Johnson, Brian Tyree Henry, Sandra Bullock, Zazie Beetz.

Duração: 2h7min.

Ano de lançamento: 2022.

Estúdio de dublagem: Delart.

Disponível em: HBO Max.

O que é e o que eu achei: Esse eu vi já no apagar das luzes de 2022É o conto de um bando de mercenários reunidos em um trem de alta velocidade, uns contra os outros em busca de uma maleta (Ou seria uma pasta? Só assistindo pra entender a piada) com adesivo de trem em sua alça. E é isso. Sério.

Até tem um enredo por trás que mal tenta justificar tanta gente boa (o elenco é maravilhoso) em situações absurdas de espancar primeiro e perguntar depois, e essa é a graça do filme: Em nenhum momento ele se leva a sério. Num ano tão tenso como foi 2022 (e como tem sido desde 2020, mais ou menos), uma obra despretensiosa porém bem feita como Trem-Bala é mais do que bem vinda.

Obs: Inspirado no livro "Marie Beetle/Trem-Bala", de Kotaro Isaka.



Menções honrosas: I am Mother (2019, Netflix), Ó paí, ó (2007, Globo Play), Sandman (2022, Netflix), Cabras da Peste (2021, Netflix).


Ah, as informações técnicas (elenco, direção, roteiro) foram reitradas do IMDb. Já os dados sobre estúdios de dublagem, diretamente da Dublagem Wiki e Dublanet.


Bom, essas foram as 10 coisas mais legais que vi em 2022. Vamos ver o que 2023 nos prepara. Obrigado pela leitura até aqui, inté!


P.S: E pra variar, uma playlist com músicas das trilhas sonoras oficiais dos filmes. Divirtam-se!










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